Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, o país continua crescendo no mercado internacional, graças ao surgimento de novos mercados para a produção nacional e também por causa da ampliação das vendas em diversos países.
Esse avanço acontece depois que medidas, que embargavam a importação para alguns países, deixou de ser um critério necessário. “Diante do atual cenário, algumas medidas sanitárias, que muitas vezes tornam os processos mais demorados ou eram usadas até como barreiras comerciais, estão sendo deixadas para trás”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
As nações que estão preocupadas com o desabastecimento no período pós pandemia da Covid-19 aderiram a flexibilização das normas sanitárias, a exemplo do Egito, que habilitou 42 estabelecimentos brasileiros para fornecimentos de carnes. Segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, também foi renovada a habilitação de outras 95 empresas e autorizado o início da importação de miúdos bovinos.
Seguindo essa flexibilização, a Indonésia já acordou com o Brasil uma cota extra de importação de 20 mil toneladas da proteína bovina. No Mercosul, a Argentina abriu as portas para a importação de carne de rã, sêmen suíno e de embriões bovinos e a Colômbia oficializou a compra de milho. Enquanto isso, o Kuweit abriu seu mercado para a carne nacional que, segundo o Ministério da Agricultura, apesar de ser um país que importa poucos volumes, possuí valor agregado.
Na contramão das perspectivas pessimistas em todo o mundo, Tereza Cristina afirmou que “não há com o que se preocupar”, já que as exportações brasileiras do agronegócio somaram, no primeiro trimestre de 2020, US$ 21,39 bilhões, representando 43,2% da participação do setor agropecuário no total de exportações. Só em março houve uma expansão de 13,3% em relação aos US$ 8,20 bilhões exportados em março de 2019.
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